Crônica - O restaurante de esquina - Parte 2

Comecei a trabalhar na parte administrativa do 'restaurante de esquina' no dia seguinte, e logo que sentei na minha mesa e vi o papel de parede do meu desktop, notei o nome verdadeiro do estabelecimento, mas eu gosto mais do apelido que eu dei e vou continuar chamando-o assim. Meu novo 'Boss' disse que eu estava num cargo que muitos do restaurante gostariam de estar, porém, era um cargo de muita responsabilidade. 

Quando estava completando minha segunda semana de trabalho, recebi a ligação do meu pai me informando que estava vindo passar o final de semana comigo - claro que era ele e minha mãe, claro! -. Adorei a noticia e fui correndo comprar alguns aperitivos para nós e alugar uns filmes. Aluguei 2 filmes, um que tratava era comédia romântica e o outro era drama (minha mãe adora filmes de drama, principalmente os baseados em fatos reais). Isso tudo aconteceu numa sexta-feira. 

Meu pai chegou logo pela manhã e me entregou uma caixa dizendo que era um presente, eu 'pouco curiosa' quase rasguei o embrulho pra ver o que era. Uma lente canon 50mm, o segundo melhor presente que já ganhei, depois da câmera (ganhei de um tio). Meus pais me contaram como foi o caminho deles até aqui, um papo divertido. Pela tarde resolvemos ir no restaurante de esquina tomar o melhor café do mundo, meu 'boss' nos recebeu com a maior alegria, contou para eles sobre minhas visitas frequentes, o café que tanto elogio, etc. Esperei eles terminarem de conversar, já estava ficando tarde, meados das 21h. Passou-se mais meia hora e eles resolveram voltar para casa comigo. Assistimos primeiro o drama e combinamos de no dia seguinte assistir a comédia. 

Pela manhã comemos os aperitivos que comprei na sexta, inclusive minha mãe disse que gostaria de passar no local onde comprei para levar uns para casa. Pela tarde assistimos a comédia e meu pai comentou sobre o meu 'ótimo gosto para filmes', fiquei lisonjeada e já morrendo de saudade deles. Pela noite enquanto nos despedimos, minha mãe me deu o abraço que tanto me conforta e um beijo na testa, meu pai me abraçou tão forte que me deixou sem ar por uns momentos e me deu o mesmo beijo na testa. Quando se foram, parei pra pensar: "Será mesmo que quero continuar por aqui?"

O restaurante de esquina que me desculpe, mas preciso voltar para casa.

Karina

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